segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Alguém ensina meu GPS.

Boa noite!


Alguém pode dar uma aula de caminhos para meu GPS? Semana passada eu rodei mais nessa cidade do que na minha vida toda. E meu GPS me colocava só em roubada. Perdi a conta de quantas ruas sem saída eu entrei. Até na linha do trem ele me colocou! Ainda bem que eu consegui me virar bem... eu acho.


Recebemos um autor do RJ e o levamos para conhecer alguns lugares. Foi cansativo dirigir o dia todo, mas a companhia do Luis Eduardo Matta tornou o percurso mais agradável. Mesmo com uma dor de ouvido me matando. Isso prejudicava meu senso de direção.


E no fim de semana a programação foi infantil. Domingo fomos ao teatro na Livraria Cultura. É tão gostoso ver a pequena perdendo a vergonha, deixando de ficar grudada e se soltando, brincando, cantando. Ela está ficando cada vez mais linda.


No sábado (eu não errei em mudar a ordem dos dias, mas sábado foi um dia muito especial para mim) fomos na livraria Portal da Leitura pois teria contação de história com o Roger Avanzi. Para que não conhece, ele é o palhaço Picolino. Hoje as crianças não têm contato com palhaços. Quando muito pela televisão. Mas eu cresci vendo o Arrelia, Carequinha e o Picolino. eu vi todos eles de pertinho, mas ver o Picolino esse fim de semana, me emocionou muito. Quando ele olhou para mim, bem pertinho, e perguntou "gostou?", meus olhos se encheram de lágrimas. No final, comprei seu livro e fui pegar um autógrafo. Ele me perguntou o que eu era dele, se eu era amigo dele. eu disse que sim. Ele disse "Oba! Ganhei um amigo!!!". Isso, para mim, foi como música. Qualquer coisa que eu escreva, não vai descrever o que senti naquele momento.


Hoje a dica de leitura é para quem gosta de conhecer outras culturas. Maha Akhtar, então diretora da CBS Communications – canal de notícias da rede norte-americana CBS – se surpreendeu ao ver recusado o pedido de uma nova via de sua certidão de nascimento, documento necessário à renovação do passaporte. Na busca por sua verdadeira identidade, descobre que não havia nascido na Austrália, como acreditava. Uma pista indicou um possível parentesco com Ajit Singh, filho de Anita Delgado, jovem bailarina espanhola, e de Jagatjit Singh, um dos marajás mais ricos da Índia do início do século XX. Esse foi o ponto de partida para uma longa saga em busca da própria origem, que resultou na obra A neta da Maharani: a história real da neta de Anita Delgado, a princesa de Kapurthala, lançado no Brasil pela Primavera Editorial e que ocupa a sétima posição na lista espanhola dos livros mais vendidos de não-ficção.
A jornalista – que atuou como assistente da banda The Cure e que durante 15 anos foi o braço direito do jornalista Dan Rather, acompanhando-o em entrevistas antológicas com Fidel Castro, Bill Clinton e Saddan Hussein, entre outros – é fluente em inglês, espanhol e francês; além de hindi, árabe e italiano.
Em 2005, aos 40 anos, Maha Akhtar descobre um segredo que envolvia as últimas gerações de mulheres de sua família; um segredo que fez desmoronar toda a árvore genealógica da autora. Na autobiografia A neta da Maharani: a história real da neta de Anita Delgado, a princesa de Kapurthala, a jornalista detalha o resgate de experiências familiares e femininas que o tempo tentou apagar. Em três gerações e um século completo, o relato traz a história de quatro mulheres admiráveis – avó paterna, avó materna e mãe da autora, respectivamente –, marcadas por amores secretos: Anita Delgado, uma bailaora espanhola que aos 17 anos se casou com o marajá de Kapurthala, na Índia; Laila, uma mulher libanesa independente e à frente de seu tempo; Zahra, que cometeu o erro de se apaixonar por Ajit, filho de Anita Delgado e do marajá; e Maha, que busca a verdadeira identidade em uma viagem que começa em Nova York, passa pela Europa e chega à Índia. A descoberta de Maha Akhtar culmina com um período profissional conturbado, quando vem à tona uma crise envolvendo o governo de George Bush, que precipitou a saída de Dan Rather da CBS. 
Superadas as intempéries da infância – educada nos rigores do islamismo – e da descoberta da verdadeira origem, Maha Akhtar se tornou uma dançarina notável de flamenco, sendo integrante da companhia de Manuela Carrasco, com a qual viaja o mundo, dançando com Rafael Amargo. Embora tenha uma agenda lotada de apresentações, Maha não abandonou o jornalismo e atualmente é colaboradora do Departures – uma das publicações de maior destaque do American Express Publishing Group of Magazines –, e atua como articulista do jornal The Times, na Índia. A escritora mora em Nova York, Sevilha e Nova Délhi. “A neta da maharani”, livro que marca a estreia de Maha Akhtar na literatura, é um recorte de um momento da vida da jornalista; uma vida intensa e cheia de aspectos fascinantes.
“CONFISSÕES” DE MAHA AKHTAR
Sobre Dan Rather...
“Foi uma honra e um privilégio trabalhar para Dan Rather, um ícone do jornalismo nos Estados Unidos. Os 15 anos que trabalhei com ele foram os mais emocionantes de minha vida – acompanhei, em primeira mão, os grandes acontecimentos do mundo. Fui para Bósnia e Afeganistão; estive na famosa entrevista de Dan com Saddam Hussein, em 2002. Em 11 de setembro, no atentado a Oklahoma, fui várias vezes à Casa Branca e conheci o presidente Bill Clinton e Hillary Clinton; conheci o presidente George Bush; estive em todas as convenções políticas; conheci as principais figuras da vida pública dos Estados Unidos, sem falar dos chefes de Estado de outros países. Meu momento favorito foi quando Fidel Castro veio a Nova York e esteve na CBS News para conhecer o Dan Rather. Estava emocionada com a possibilidade de vê-lo com o uniforme verde oliva, mas se apresentou com terno preto Valentino, a barba feita e o cabelo penteado para trás, com gel. Fidel Castro trouxe charutos cubanos para Rather, que o presenteou com um taco de beisebol, assinado pelos jogadores do New York Yankees.” 
Sobre Anita Delgado, a avó paterna espanhola
“Anita Delgado é, para mim, a mulher que deu à luz Ajit Singh; uma personagem secundária no meu mundo, não uma protagonista. Dito isto, acho que foi uma mulher extraordinária que teve a coragem, com apenas 16 anos, de deixar para trás família, casa e toda uma vida para viajar para o outro lado do mundo com um homem que não conhecia muito bem; um homem cuja vida e cultura conhecia ainda menos. Ainda hoje nos parece extremamente difícil o que Anita fez há 100 anos! Ela foi uma pioneira, uma das poucas mulheres que se atreveram a estender uma ponte entre o enorme fosso que separa o Ocidente do Oriente. E, para seu mérito, isso funcionou por pelo menos duas décadas. O que eu admiro nela é a sua determinação e coragem, seu senso de aventura.”
Sobre Laila, a avó materna libanesa
“Laila é minha heroína!  Foi uma mulher moderna que para seu infortúnio nasceu em uma época e dentro de uma cultura que não aceitava sua maneira de pensar ou agir. Era linda, inteligente e independente. Queria viver de acordo com as suas próprias normas e ficar à parte do que a sociedade ditava. Laila não se importava com o que as pessoas diziam quando se vestia como uma ocidental – bebia champanhe e fumava o narguilé sem se esconder. Às vezes, eu acho que fazia somente para “chocar” as pessoas, pois tinha consciência de como podia irritar as pessoas; Laila era intencionalmente exuberante e adotava uma postura escandalosa para provocar uma reação maior da sociedade. Era uma mulher espetacular, que não estaria deslocada no mundo contemporâneo.”
Sobre Zahra, a mãe mulçumana
“Zahra é uma figura trágica. Viveu superprotegida, sempre à sombra de uma personalidade forte e determinada, que era sua mãe, Laila. Quando foi enfrentar o mundo sozinha, não era madura nem sofisticada o bastante para cuidar de si mesma. Minha mãe viveu algemada, incapaz de ajudar a si mesma ou a mim. Mas, tentou e fez o melhor que podia com o pouco que tinha.”
A NETA DE MAHARANI
Este livro é um romance de memórias profundo que conta como a autora descobriu por acaso a origem indiana, pois ela pensava que havia nascido na Austrália e que sua família fosse unicamente árabe. Por uma série de coincidências, ela reconstrói a história de quatro mulheres admiráveis e o que elas tiveram de enfrentar por causa de escolhas movidas pela paixão: a jovem humilde Anita Delgado, que precisou ser preparada em palácios da Índia para se casar com um marajá; Laila, uma mulher libanesa que ousou ser independente na década de 1950; Zahra que não resistiu aos encantos de Ajit, filho de Anita Delgado e do marajá; e Maha, que não se conformou a imposições culturais e buscou a verdadeira identidade em viagens e desafios que começaram em Nova York, passaram por vários países europeus e chegaram à Índia. Para Maha, a descoberta de sua ascendência verdadeira permitiu-lhe entender mais quem era e porque fora fascinada pelo flamenco desde a juventude.
Fiquem com Deus.
See ya.
Sonho
Um lindo dia de sol
Uma garota surge em minha vida.
Um sorriso maravilhoso.
Minha pulsação acelera,
Minha mãos ficam molhadas de suor.
Mas tudo não passou de um sonho.
Apenas uma amizade ficou na lembrança...
E na distância.
Apenas uma paixão sobrou em meu coração.
Dia após dia...
Mas nada muda.
Tento me reaproximar,
Ver novamente aquele sorriso...
Mas é tudo o que consigo,
Ver é tudo o que posso.
E, novamente,
Só me resta a lembrança.
Mais dias passam...
Meses...
Anos...
No total são dois anos.
De repente ela reaparece.
Minhas pernas tremem.
Jogo tudo para o alto.
Deixo tudo só para ficar com ela.
Será que dessa vez será possível?
Talvez seja só mais uma ilusão...
Ou pode ser um sonho virando realidade.
Não sei...
Só sei que aquela paixão não se apagou,
Só se intensificou.
E a cada dia que passa sou mais louco por ela.
E farei de tudo para que,
Dessa vez,
Não fique só na lembrança,
E sim,
Na história da minha vida.

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